Fotografias prematuras,
reunidas num olhar,
precipitam as vergonhas masculinas
dentro das sensibilidades de corpos.
A intimidade da pele arranhada
deixa suada
a intimidade das incertezas.
Explícitos olhares de momentos inflexíveis
forjam meu nu e me recriam
em desenhos imorais,
na era do essencial.
Na felicidade de ser quem sou
o não está sempre no que é o igual
e alguns anos, sobre mim mesmo,
sobre minha intimidade,
distorce ansiedades de padrões fora da gélida beleza.
Na cama, minha identidade veste menos.
Opina menos. Valoriza menos.
Jorra mais.
Descubro-me nu e estampo a minha verdade,
em alegrias tardias.
(Adriano Gentil)
Noutros Novos Tempos
Há 11 anos