domingo, abril 03, 2011

Eternidades

A ventania mística
rodopia dentro de explicações insensatas
com fagulhas de universo
consumindo redemoinhos de porquês
sem aclarações convincentes.

Não tem direção.
Não tem endereço.

Ventos sopram na cama do tempo.
Vou consumindo flores, licores e pudins
e assim, experimentando o doce vermelho
de perfumes... de rosas... de sentimentos.

O vento insiste na minha janela
esmurrando o que sobrou
De minhas imagens musicais.
Corpo marcado na essência do carinho.
Construído e formatado
no campo da alento.
Alma gravada com sentimentos esculpidos
Não permitem o desmanche da areia na beira d´água.
Coração eterno. Ciclo infinito.

(Adriano Gentil)

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Bom dia

Fotografias prematuras,
reunidas num olhar,
precipitam as vergonhas masculinas
dentro das sensibilidades de corpos.
A intimidade da pele arranhada
deixa suada
a intimidade das incertezas.
Explícitos olhares de momentos inflexíveis
forjam meu nu e me recriam
em desenhos imorais,
na era do essencial.
Na felicidade de ser quem sou
o não está sempre no que é o igual
e alguns anos, sobre mim mesmo,
sobre minha intimidade,
distorce ansiedades de padrões fora da gélida beleza.

Na cama, minha identidade veste menos.
Opina menos. Valoriza menos.
Jorra mais.

Descubro-me nu e estampo a minha verdade,
em alegrias tardias.

(Adriano Gentil)