domingo, abril 03, 2011

Eternidades

A ventania mística
rodopia dentro de explicações insensatas
com fagulhas de universo
consumindo redemoinhos de porquês
sem aclarações convincentes.

Não tem direção.
Não tem endereço.

Ventos sopram na cama do tempo.
Vou consumindo flores, licores e pudins
e assim, experimentando o doce vermelho
de perfumes... de rosas... de sentimentos.

O vento insiste na minha janela
esmurrando o que sobrou
De minhas imagens musicais.
Corpo marcado na essência do carinho.
Construído e formatado
no campo da alento.
Alma gravada com sentimentos esculpidos
Não permitem o desmanche da areia na beira d´água.
Coração eterno. Ciclo infinito.

(Adriano Gentil)