A mórbida sutileza de passos noturnos,
deixam meus suspiros mais doentios
e permitem surgir petulantes, em estrondos,
como rendição ao inimigo,
todos os moinhos de impotência da fé e dos medos.
Pele sempre suave.
Pele sempre altiva.
A senhora do riso castra-me a língua
e empala-me os sonhos.
Todos os meus pensamentos,
pensamentos caóticos em aniversários gélidos,
abandonam minhas lendas.
Abandonam meus deuses
Beleza sua, toques surdos,
e todos os dedos do mundo
transpassam a rotineira gente
com probabilidades irônicas
em constelações inatingíveis.
A vida espreita. A vida prossegue.
E tudo, no final,acaba.
Acaba em números, matemática do riso.
E as ruas correm de canto a canto,
sem intuir seu descontinuado recomeço.
A beleza re-conhece o engano
e a zombaria se apaixona pelo medo cego.
(Adriano Gentil)
Noutros Novos Tempos
Há 11 anos
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